Logo no primeiro período do curso médico o estudante de medicina começa um ritual que perdurará a vida inteira. Alguns leitores poderiam pensar: os estudos? Caberia. O trabalho? Também. A exaustão? Obviamente. Mas refiro-me, especialmente, ao peso da RESPONSABILIDADE que, desde as primeiras palestras, é mencionado com tanta ênfase.
O fato é que, indubitavelmente, a própria profissão impõe a necessidade de autocrítica , de autoexigência , de reflexão e empenho. Isso seria bom? Certamente.
Contudo, o bom pode ser ótimo na medida certa e pode ser ruim quando em excesso. Inicialmente somos pressionados pela sociedade, subsequentemente, pela família; num âmbito mais próximo, pelos professores; de forma sutil ou nem tão sutil, pelos colegas e, finalmente, somos pressionados por nós mesmos.
O perfeccionismo é incutido em quem não o possui. E quem já usufrui dele, só resta o cuidado com as armadilhas da autocrítica que pode levar a dois caminhos: ao endeusamento ou ao desmerecimento. Ambos mascarados, claro. O primeiro, pela falsa modéstia, o segundo, pela exaustiva cobrança de si mesmo. Ora, por que junto à responsabilidade não instigam em nós o equilíbrio?
Ouso sugerir uma resposta: Em meio a tanta complexidade e peculiaridade humana, há coisas que não se aprende no espaço de um educandário, nem mesmo encontramos nos livros de forma explícita. Mas as experiências, doces e amargas, as horas perdidas de sono, a satisfação momentânea de uma boa nota, ou a insatisfação de um objetivo ainda não alcançado, bem como os rostos que encontramos sorrindo para nós, mesmo que por cordialidade , quando chegamos à faculdade;ou ainda, os rostos que nos sorriem nos atendimentos, tudo isso é que nos incita, positivamente, a seguir em frente. A questão é que cada um percebe, descobre ou aprende isso de formas diferentes, por ângulos diferentes e em tempos diferentes. Pois o tempo respeita a idiossincrasia de cada um, nos proporcionando ,dessa forma, mais maturidade, mais paixão, ambição pelo conhecimento e vontade de vencer.
E são seis anos apenas de começo. E nessa história acadêmica , o quadro clínico é insidioso, cursando com empolgação, vaidade intelectual, atritos e afetos, simpatia , empatia, antipatia que, com a convivência pode se modificar em admiração. Além disso estarão presentes insônias, esporádicas ou não, inseguranças, que podem ser paliadas com confiança e persistência; questionamentos,éticos, didáticos. E, no tocante do tempo, alguns sintomas se tornam contínuos, outros, intermitentes. O diagnóstico é fácil: Síndrome da vida acadêmica. O tratamento? Nada específico. Algo que não se pode prescrever. Mas que compete orientar: Aprecie, mas com moderação.
O fato é que, indubitavelmente, a própria profissão impõe a necessidade de autocrítica , de autoexigência , de reflexão e empenho. Isso seria bom? Certamente.
Contudo, o bom pode ser ótimo na medida certa e pode ser ruim quando em excesso. Inicialmente somos pressionados pela sociedade, subsequentemente, pela família; num âmbito mais próximo, pelos professores; de forma sutil ou nem tão sutil, pelos colegas e, finalmente, somos pressionados por nós mesmos.
O perfeccionismo é incutido em quem não o possui. E quem já usufrui dele, só resta o cuidado com as armadilhas da autocrítica que pode levar a dois caminhos: ao endeusamento ou ao desmerecimento. Ambos mascarados, claro. O primeiro, pela falsa modéstia, o segundo, pela exaustiva cobrança de si mesmo. Ora, por que junto à responsabilidade não instigam em nós o equilíbrio?
Ouso sugerir uma resposta: Em meio a tanta complexidade e peculiaridade humana, há coisas que não se aprende no espaço de um educandário, nem mesmo encontramos nos livros de forma explícita. Mas as experiências, doces e amargas, as horas perdidas de sono, a satisfação momentânea de uma boa nota, ou a insatisfação de um objetivo ainda não alcançado, bem como os rostos que encontramos sorrindo para nós, mesmo que por cordialidade , quando chegamos à faculdade;ou ainda, os rostos que nos sorriem nos atendimentos, tudo isso é que nos incita, positivamente, a seguir em frente. A questão é que cada um percebe, descobre ou aprende isso de formas diferentes, por ângulos diferentes e em tempos diferentes. Pois o tempo respeita a idiossincrasia de cada um, nos proporcionando ,dessa forma, mais maturidade, mais paixão, ambição pelo conhecimento e vontade de vencer.
E são seis anos apenas de começo. E nessa história acadêmica , o quadro clínico é insidioso, cursando com empolgação, vaidade intelectual, atritos e afetos, simpatia , empatia, antipatia que, com a convivência pode se modificar em admiração. Além disso estarão presentes insônias, esporádicas ou não, inseguranças, que podem ser paliadas com confiança e persistência; questionamentos,éticos, didáticos. E, no tocante do tempo, alguns sintomas se tornam contínuos, outros, intermitentes. O diagnóstico é fácil: Síndrome da vida acadêmica. O tratamento? Nada específico. Algo que não se pode prescrever. Mas que compete orientar: Aprecie, mas com moderação.
5 comentários:
Ai, que lindo!!! Estou sofrendo dessa síndrome!!! kkkk
Muito bom, seu texto, Nat! Acredito que foi uma análise muito lúcida do que acontece com a gente no curso!
Ainda, o peso da responsabilidade só vai aumentando, falar q não sente é quase hipocrisia..
Mas ou! Parabéns, continue contribuindo com o Blog!
Nath! Perfeito... Sem desmerecer os outros textos já postados aqui, mas o seu nos trouxe para dentro dessa reflexão!
Parabéns!
Bjos.
Renatinha.
ôo meninas, muito obrigada! Grande beijo amigas!
Larissa,
Parabéns!
A arte de expressar é um dom restrito as pessoas que possuem uma ampla visão do ser como um todo, e principalmente a capacidade de ser verdadeiramente humano em tudo que ver, faz e sente. Assim é você!
Eu já estou bastante preocupado com todas as responsabilidades que terei de assumir com o começo das aulas, mesmo que seja apenas daqui a dois meses. Por isso, estou buscando o máximo de referências possível.
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